Indonésia, um mar de culturas

Um paraíso chamado Bali!


Era madrugada, quando pousamos no Aeroporto de Dempasar, Bali - Indonésia. Na saída do aeroporto você já sente a atmosfera de natureza, muitos bambus, vibração, paz e leveza. E assim foi nossa jornada por esse país tão lindo e único!
Nossa primeira parada foi na cidade de Ubud, berço do yoga na Indonésia, muitos viajantes vão em busca de aperfeiçoamento das práticas, meditar e ter um tempo para si. Você sente essa “vibe” espiritual no ar.

Purificação: experiência única


O ponto alto da viagem para mim, foi ter participado de uma cerimônia de purificação no Templo Tirta Empul, em meio a natureza e águas sagradas. Chegando, você tem que se trocar e colocar as roupas especiais (tipo um sari), e aguardar que uma pessoa te acompanhe até a piscina natural. Lá, eles contextualizam a história do Templo, e te explicam o passo a passo. Você começa a seguir o fluxo das pessoas e vai se purificando em cada saída de água. Não tem muita explicação aqui, só indo para sentir a força que é ter uma experiência como essa. Em Ubud, você pode aprender sobre a culinária, se arriscar em algumas aulas e conhecer os arrozais em terraços de Tegallalang, que sao lindíssimos. Além de conhecer muitos templos maravilhosos, vulcões e cachoeiras.

Equilíbrio e imersão

Os hindus são a maioria em Bali, e a religião é repleta de rituais. Um deles que me chamava a atenção todos os dias, é o Canag Sari, oferenda diária aos Deuses. É um pequeno cesto de folhas de bananeiras, contendo flores, alimento e incenso. São colocados em altares domésticos, templos e ruas. É uma forma de agradecer, e manter o equilíbrio entre o bem e o mal. Ubud te proporciona uma experiência de imersão cultural.
Saindo de Bali, rumo as Ilhas Gilli - Lombok Esqueci de mencionar que o trânsito na Indonésia é um pouco caótico. Estradas estreitas e sinuosas e muitos carros. Receita para o atraso!

Saímos cedo de Ubud (para evitar trânsito e atraso), e fomos rumo a Padang Bai pegar o ferry para ir para Gilli Trawangan. Depois de algumas 2 horas de viagem (era perto de Ubud, lembram do trânsito?), chegamos e embarcamos. Ainda bem que eu não li nada antes, sobre como era a travessia. Eu não tenho medo de barco e mar, mas estranhei que eles entregavam saquinhos para enjôo. Enfim! Todos embarcados, animados, e lá fomos!

Montanha russa em pleno mar

Começa a saga! Seriam cerca de 3 horas de viagem, e depois da primeira hora eu entendi a entrega dos saquinhos. O mar naquela região, é muito revolto, muito mesmo. Parecia uma montanha russa! Para cima e para baixo, para os lados… foi muito engraçado! Ainda bem que minha amiga sempre leva remédio para enjôo, então tomamos para garantir, e todos foram bem (menos ela, que enjoa muito mesmo, porém, não usou saquinho). Em agosto de 2018, houve um terremoto muito forte nas Ilhas Gilli, tiveram que evacuar 1,2 mil turistas que estavam nas ilhas - 98 pessoas morreram e 209 ficaram feridas. Nós já havíamos marcado a viagem para dezembro/janeiro, antes deste fato. Eu me comunicava direto com o hotel, para saber a previsão de reabertura das ilhas e condições das mesmas. E dado o aval positivo, mantivemos a viagem!

E a saga continua...


Voltando para a chegada da ilha, depois de muito sacolejo, desembarcamos felizes, mas com aquele friozinho na barriga do que nos esperava pela frente. O transporte era uma charrete puxada por burros, para levar cada casal e suas malas até o hotel. Uma experiência engraçada. Deixamos as malas no hotel, pegamos uma bike cada um e fomos desbravar a ilha. Ela é pequena, apesar de ser a maior e mais desenvolvida das três - você consegue dar a volta nela em 1 hora. Os estragos eram nítidos. Muitas construções desabaram com o terremoto. Mas mesmo assim, o mar e lindo, e o clima de férias não deixou que aquela situação estragasse nosso tempo ali. Aliás, Gilli Trawangan é super agitada. Tem uma vida noturna intensa com bares, música e turistas muito animados.

Terremotos e ‘Réplicas’

Durante nossa estadia na ilha, passeamos, mergulhamos, e fomos de barco conhecer as duas ilhas menores, Gilli Meno que é a menor e menos desenvolvida e Gille Air que é o meio termo entre as duas demais ilhas. Ali, o estrago foi devastador. Simplesmente as duas ilhas estavam destruídas. Hotéis não existiam mais, e dificilmente você via pessoas por ali. Triste.

Fato é, que deixamos a ilha um dia antes do esperado. Começamos a sentir tremores fortes na madrugada, e ficamos bem assustados. Após um grande terremoto, esses termos se chamam réplicas, e essas réplicas podem acorrer por dias, semanas ou meses após o terremoto. Como a Indonésia é famosa por esses eventos, e estávamos em uma ilha muito remota, achamos melhor ir embora.

Rumo a Uluwatu!

Uluwatu é uma região localizada na península de Bukit, no extremo sul da ilha de Bali. Conhecida por suas paisagens deslumbrantes. Uluwatu é um dos principais destinos de surfe de Bali, como as praias de Padang Padang e Dreamland. Nossa estadia foi curta, curtimos muito as praias e fomos em um dos principais Templos de Bali, localizado no topo de uma falésia com vista para o oceano Índico, o Templo Pura Luhur. Este templo é famoso por sua vista panorâmica, e por ser um ótimo lugar para assistir ao pôr do sol. O templo é também conhecido pelos macacos que vivem na área, e são considerados sagrados. A Indonésia é rica em cultura e natureza exuberante, e pudemos conhecer só um pouquinho disso tudo. Com certeza, é um destino que merece ser visitado muitas veze, para desbravar tudo de mais lindo que o país tem a oferecer.