Balneário, flutuação, cachoeira...

Apesar da agropecuária ainda liderar a arrecadação de impostos em Bonito, no Mato Grosso do Sul, o turismo está em primeiro lugar na geração de empregos, sendo a atividade mais importante para a cidade

Distante cerca de 300 km da capital Campo Grande, a cidade de Bonito, ao logo dos anos, tem despertado cada vez mais o interesse de turistas por suas belezas naturais, e hoje é um destino reconhecido nacional e internacionalmente.
Mas como Bonito passou, de cidadezinha de interior, no Mato Grosso do Sul, a um gigante no ecoturismo?

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História: fazendas e belezas naturais intocadas


Antigamente, bem nos primórdios da sua história, Bonito era terras a perder de vista. Tudo começa pela Fazenda Rincão Bonito, propriedade do Capitão Luiz da Costa Leite Falcão, considerado desbravador da região, que nos idos de 1869 ali fincou raízes. E o lugar foi passando de distrito, a município, até que entre as décadas de 1970 e 1980, foi sendo descoberto turisticamente, de maneira informal.

Nas grandes propriedades rurais, onde a pecuária era a principal renda, passavam nascentes e rios de águas cristalinas, bem como cachoeiras e grutas, antes visitadas por moradores e familiares. De olho em mais uma fonte de renda, os proprietários enxergaram potencial e decidiram, aos poucos, investir no turismo. Na década de 1980, visitas já eram realizadas na Gruta do Lago Azul – hoje cartão-postal do lugar.

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Regras


Bonito é cheio de regras para visitação, e que teve a primeira grade para impedir a passagem desenfreada de turistas apenas em 1985 – e também na Ilha do Padre, onde funciona atualmente o complexo Eco Park Porto da Ilha. Na década de 1990, as visitas começaram a acontecer no Aquário Natural e em alguns rios, como o Rio do Peixe, o Rio Sucuri e o Rio Formoso. No entanto, os banhos nas águas límpidas não eram organizados.
Bonito, hoje
Em Bonito, tudo gira em função da água, do verde e dos animais. Situada na Serra da Bodoquena, a cidade fica em uma área de transição entre Mata Atlântica e Cerrado, o que garante uma diversidade de fauna e flora. Os rios, de origem calcária, são transparentes, servindo de moradia a inúmeras espécies de peixe.
Tudo isso forma um cenário fértil para o turismo, onde propriedades privadas detém, controladamente, o uso da terra – poucos são os atrativos naturais controlados pela gestão governamental, como o Balneário Municipal e a Gruta do Lago Azul, de responsabilidade administrativa da prefeitura.

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Visitantes e as belezas naturais


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A maioria dos visitantes de Bonito provém do sudeste, principalmente São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Atualmente, durante a semana, indivíduos de outros estados são os que mais ocupam os hotéis e se divertem nos atrativos, já que planejam um tempo de viagem acima dos quatro dias. Durante os fins de semana, quem tem dominado o cenário são os próprios sul-mato- grossenses, que chegam à Bonito pelas rodovias do Estado.
Dentre as belezas naturais que o lugar oferece, não deixe de conhecer o Abismo Anhumas; o Aquário Natural; os Balneários Municipal e o do Sol; a Boca da Onça, o Buraco das Araras, a Estância Mimosa e as Cachoeiras da Serra da Bodoquena.
Outros programas imperdíveis são o passeio de barco + mergulho de flutuação na Barra do Sucuri, o mergulho de flutuação no rio da Prata; visita guiada pela gruta do Lago Azul, passeio a cavalo pelas fazendas de Bonito e trilhas pelas cachoeiras do rio do Peixe e do Rio Mimoso.